quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O último giro.


Ás vezes quando a gente dança, o chão parece não ter fim.
O fim parece que nunca teve um ínicio, pois sempre soube ficar rodopiando da maneira mais rápida e delicada. Nessas horas me sentia mais feliz.
Haviam momentos que os aplausos superavam a música, e a platéia nos mostrava o ritmo.
As luzes faziam eu me enxergar entre as pessoas que me olhavam constantemente, apenas dançando eu sentia a minha respiração, meu movimento, desde o mais leve ao mais estúpido, essa é/era a forma que eu mais me sentia, em uma única sequencia eu podia sentir todos os sentimentos, todos os receios e a liberdade do meu corpo, tudo isso em uma pessoa, tudo em um passo. Era tão especial, tão grande, eu podia ver as paredes no fundo do teatro, e num piscar de olhos é como se eu ficasse cega, apenas deixava fluir tudo o que sentia. Parece até que eu tô falando da melhor coisa do mundo, logo o leitor comum pensa: que besteira! qualquer um dança.
Pois é verdade, eu mesma danço até parada. Lembrar das coisas é viver duas vezes?
Então o meu espetáculo sempre contiuará.

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